Durante a faculdade, a CEO da Dyxel Gaming, Érika Caramello, foi colega de sala do Beto Bigatti, publicitário e influencer gaúcho responsável pelo perfil no Instagram @pai_mala, onde conta as aventuras da paternidade. Beto é PcD (pessoa com deficiência) e isso nunca o impediu de exercer a plenitude de ser pai.
Recentemente, o seu primogênito Gianluca Tornquist Bigatti, de apenas 15 anos de idade, escreveu um texto para uma atividade escolar falando sobre como é ser filho de um PcD, que Alberto compartilhou no Instagram. O texto é tocante! Como escreveu, “não há formas de descrever meu orgulho, mas sei que vocês podem imaginar.”
No dia dos pais, a Dyxel replica abaixo o texto original, uma lição de respeito e amor entre pai e filho. Obrigada, Gianluca!
Diversidade e inclusão: eu amar meu pai é amor
Diversidade, todos sabemos o que é, mas aqui vai uma história que meu pai viveu. Meu pai tem uma deficiência física: ele não tem a mão direita. Estava ele na aula de Educação Física, a aula era simples, só dar voltas correndo na quadra. Havia um menino, colega do meu pai, que era o menino “perfeitinho”, aparecia em revistas e etc. Eles estavam correndo e meu pai o ultrapassou. Ao ver isso, disparou na frente de meu pai e disse que para ele não perderia.
Essa história foi meu primeiro contato com a maldade do ser humano. Sei que isso não se aplica apenas a pessoas com deficiência física. Racismo e homofobia são outros preconceitos muito falados na mídia.
Realmente não consigo entender o motivo dessas pessoas praticarem tal ato. Talvez seja porque convivo diariamente com isso. Sei que alguém não é diferente das outras pessoas apenas por não ter a mão. É na verdade algo que o deixa mais humano ao se distinguir dos outros e não é algo ruim, é bom. Imagine um mundo onde somos todos iguais, um mundo onde só existem pessoas idênticas. Eu me pergunto qual seria a graça.
Não tive nenhuma experiência como filho prejudicada por meu pai ter uma deficiência. Ele sempre foi ótimo. Inclusive, eu e meu irmão tivemos experiências que outras crianças não tiveram e não vão ter. Como os “dedis”, que são os dedinhos da mão direita que não cresceram por completo… meu irmão pedia os dedis sempre que ia dormir.
Eu amar meu pai é amor. Já outras pessoas amarem uns aos outros como são, isso sim, é diversidade e inclusão.
Gianluca Tornquist Bigatti