Dyxel apoia maior representatividade da mulher negra nos games

Hoje é comemorado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha. A data foi reconhecida pela ONU em 1992, quando mulheres negras de 32 países da América Latina e do Caribe se reuniram em Santo Domingos, na República Dominicana. Desde 2014, o Brasil comemora em 25 de julho o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, uma homenagem à líder quilombola do século XVIII.

Na área de games, infelizmente a presença de mulheres negras ainda é pequena, seja na indústria, seja na representação de personagens. De acordo com o II Censo da Indústria Brasileira de Jogos Digitais, apenas 8 das 265 empresas respondentes tinham mulheres negras como sócias, o que corresponde a 3% do total. Felizmente, nos último anos, percebe-se o aumento da representatividade nestes lugares.

Em termos de representação, não há como não pensar no game Dandara, um grande sucesso da indústria de games brasileira. Em live realizada no programa NewsGames da Rádio Geek no último dia 21 de julho, a cofundadora e sócia da Dyxel Game Publisher, Érika Caramello, ressaltou a importância desse título: “O Dandara é um game com uma mulher negra brasileira protagonista não sexualizada. Isso quebra completamente tudo o que a gente aprendeu assim sobre (…) a visão de uma mulher negra na sociedade brasileira. Vem muito daquilo das mulatas do Sargentelli, rainha de escola de samba, muita associação com aquele ser extremamente sexualizado. E o Dandara, com uma ex-escrava, uma escrava liberta, não tem absolutamente nada disso. E vende. E é um jogo bom. Não é simplesmente só o personagem: você tem muita coisa por trás. O gameplay é bom, é bem feito.” Após a sua fala, o jornalista Pedro Zambarda complementou: “o Dandara é um caso que precisa passar em escola. O pessoal precisa aprender e curtir esse jogo com mais profundidade”.

Dandara foi citado como um dos 10 melhores jogos de 2018 pela revista norte-americana Time. Inclusive, este feito foi citado na tese de doutorado da sócia da Dyxel, sendo apontado como uma das tendências para a indústria local de games: uma personagem negra, com referência histórica, diferente do padrão mainstream da indústria, cujo game não é apresentado como um serious game. Ao contrário, a curva de aprendizado é algo que foi muito elogiado na matéria da Time, que não está atrelada ao conhecimento prévio da sua história junto ao Zumbi dos Palmares, seu companheiro.

A Dyxel apoia uma maior representatividade e representação da mulher negra na indústria de games, tanto que, em breve, lançará o game Iris, do Jambu Studio, que tem o protagonismo de uma adolescente negra.

Se o seu estúdio também contempla esta representatividade e seus jogos estas representações, ou se a sua marca quer apoiar iniciativas que envolvam games e empoderamento feminino negro, conheça um pouco mais sobre a proposta de trabalho da Dyxel Game Publisher e entre em contato.